A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

sábado, 19 de maio de 2012

A caminho do Tudo XV

A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA

Galileu e a Igreja


No início a igreja Romana pareceu gostar das descobertas de Galileu, principalmente quando ele levou seu telescópio para uma demonstração no Vaticano, festa no céu.


Mas os professores que ganhavam a vida lecionando a filosofia de Aristóteles, fizeram um AJURI contra ele. Um jovem dominicano chamado Thomas de Caccini, tentou torna-se conhecido, aparecer para melhor dizer, denunciando Galileu de púlpito. Na esperança de não entrar em crise com a igreja, Galileu fez uma visita a Roma tentando encontrar um meio termo, ou seja, uma postura flexível em relação as questões de física e astronomia. Furou a idéia; e ainda disseram a Galileu que ele não poderia nem sustentar nem defender a opinião de Copérnico. Por alguns anos Galileu obedeceu, trabalhando discretamente em outros temas em sua casa perto de Florença.


Quando Maffeo Barberini, amigo de Galileu, se tornou papa, Galileu se arretou por que o novo papa tinha uma visão progressista para com a ciência e a filosofia. Naquele mesmo ano, Galileu dedicou um tratado sobre o novo método científico, chamado il saggiatore
(o ensaísta), ao novo líder da igreja católica. Dizem que o papa ficou encantado com a visão de Galileu que parecia, ambos compartilhar, e que até mandou ler o ensaísta para ele durante um jantar. O papa disse para ele que poderia escrever sobre o sistema do mundo, desde que atribuísse o mesmo peso para o argumento de Ptolomeu e Copérnico.
E assim Galileu começou a escrever sua obra prima chamada: o diálogo sobre os dois maiores sistemas do mundo – ptolemaico e copérnicano. O livro quando publicado na Europa foi aclamado como obra-prima da literatura e da filosofia. A essa altura, não era o que Galileu disse mais como ele disse que lhe estava causando problemas. Enquanto o mensageiro das estrelas tinha sido escrito em latim, seu novo livro era de leitura fácil e escrito em italiano a língua do dia-a-dia de seu conterrâneos. Ele apresentou seu diálogo entre três personagens : Salviati, Sagredo e um personagem idiota do trio chamado Simplício. Galileu só atendeu da boca para fora o pedido do papa de imparcialidade; o livro era uma clara declaração ao sistema de Copérnico. A gota dágua foi quando os inimigos disseram ao próprio papa que Simplício era uma caricatura de sua santidade. Sobrou para quem? O papa tomou aquilo como um insulto pessoal o ordenou que o Diálogo, livro de Galileu, fosse classificado como proibido, e Galileu foi chamado à presença do santo ofício da inquisição.
Galileu, como Kepler e Copérnico era um homem de fé profunda, porém aquela era uma época difícil para a igreja católica. Com a reforma protestante ganhando terreno na Europa, a última coisa que o vaticano queria era um desafio ideológico no seu quintal. Foi um desafio desse que pôs Giordano Bruno, um italiano que defendia o sistema de Copérnico, na “fogueira santa”, literalmente uma geração antes. Ele defendia que a Terra era apenas um de muitos mundos habitados no universo, ET’S a vista.
Com Galileu, Roma ficou incomodada com o que parecia ser uma afronta as escrituras sagradas.


Observe a leitura do livro de Josué:

Foi então que Josué falou ao Senhor, nos dias em que o Senhor entregou os amorreus aos filhos de Israel. Disse Josué na presença de Israel: “Sol detém-te em Gabaon, e tu, Lua, no vale de Aialon!”


E o Sol se deteve, e a Lua ficou imóvel até que o povo se vingou de seus inimigos... O Sol ficou imóvel no meio do céu e atrasou o seu ocaso em quase um dia inteiro.


Para Galileu, o efeito de Josué não deveria ser creditado a mecânica celeste.

“Eu acho que ... é muito piedoso e prudente afirmar que a bíblia sagrada jamais pode afirmar inverdades sempre que o seu verdadeiro sentido é compreendido”, escreveu ele.


Para Galileu quando se pega qualquer passagem da Bíblia literalmente, poderia cair em erro. A passagem de Josué, disse Galileu, concorda perfeitamente com o sistema de Copérnico, mas o autor da passagem, tentando ser simplista para os pastores e lavradores que iriam ouvir a narrativa, contou a história como se vivêssemos em um universo cujo centro fosse a Terra.

Como as autoridades da igreja, Galileu acreditava que a escritura jamais poderia estar errada, mas a sua interpretação, poderia. Como Galileu disse certa vez, a Bíblia nos conta como se vai para o céu, não como vai o céu.

O sistema copernicano nunca foi realmente declarado herético. E agora Galileu tendo atraído a ira do papa, seu Diálogo foi considerado indesejável. Inicialmente liberado pelos censores da igreja, o livro foi banido e os exemplares existentes, isto é, os que estavam ao alcance da igreja foram confiscados.


Se inicia o suplício de Galileu, mais essa é uma outra história.

Senhores, amanhã, sábado tem reunião de trabalho. Pts, lá vai eu acordar cedo. Espero que estejam gostando do estudo e do relato. Na próxima sexta, a última parte dos quatro temas sobre a vida de Galileu com o título: Crime e Castigo.

Nos acompanhe e até lá nesta busca pelo caminho do tudo.

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