A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

domingo, 18 de novembro de 2012

A semana na Ciência


Não perca tempo com seu e-mail

Mudanças de hábito, programas e aplicativos ajudam a atenuar a 

estressante tarefa de organizar a infinidade de mensagens

Juliana Tiraboschi
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A primeira mensagem eletrônica da história foi transmitida em 1969. Foi enviada pelo pesquisador Leonard Kleinrock, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), para Douglas Engelbart, do Instituto de Pesquisa de Stanford. Para tanto, usaram a rede Arpanet, que fazia parte da Arpa ? agência de pesquisas avançadas do governo dos EUA, precursora da internet como a conhecemos. Ao dar esse pequeno passo para a tecnologia, os pesquisadores não podiam imaginar o gigantesco salto da humanidade. Hoje, há 2,2 bilhões de usuários de e-mail no mundo, que trocam diariamente quase 145 bilhões de mensagens. A invenção facilitou contatos e troca de informações, mas também virou uma fonte de estresse. Afinal, quem consegue dar conta de responder ou arquivar de maneira organizada todas as mensagens que recebe?
A boa notícia é que algumas ferramentas prometem ajudar a controlar o caos das caixas de entrada. Uma delas, a ?The E-mail Game?, transforma a atividade de ler, responder e arquivar em um jogo, estimulando o usuário a não deixar essas tarefas para depois (leia quadro). Desenvolvido pela empresa Baydin Boomerang, o aplicativo gira ao redor do conceito de ?inbox zero?, teoria desenvolvida pelo especialista em produtividade Merlin Mann segundo a qual todos os e-mails na caixa de entrada requerem uma ação imediata. De acordo com essa ideia, as mensagens devem ser arquivadas logo depois de respondidas.
O consultor Christian Barbosa, também especializado em produtividade, afirma que não é preciso ser tão radical, mas concorda que é necessário se esforçar para manter a correspondência eletrônica organizada. Segundo ele, que é formado em computação e já escreveu vários livros sobre organização, esses são os principais erros cometidos por quem troca mensagens eletrônicas cotidianamente: ficar com a tela do e-mail aberta o tempo todo; escrever textos mal redigidos e sem explicar direito que tipo de ação deseja do interlocutor; copiar mais pessoas do que o necessário, o que pode gerar uma enxurrada de respostas e desencontros; manter a caixa de entrada sempre lotada e não tornar suas intenções claras ? é preciso lembrar que, por escrito, é mais difícil transparecer se você está falando sério ou fazendo uma piada.
Para combater esses hábitos, a estratégia é estabelecer horários fixos para leitura e envio de e-mails, organizar pastas de um jeito que faça sentido, aprender a usar os filtros anti-spam e outras ferramentas disponíveis nos serviços de e-mail, como o agendamento de reuniões, e terminar o expediente com a caixa de entrada mais ou menos ?limpa?. ?Ela não é arquivo, o ideal é não deixar que ela ultrapasse uma página?, diz Barbosa. Tomando esses cuidados, você não vai mais demorar horas para encontrar aquele e-mail importantíssimo que foi soterrado por centenas de mensagens inúteis. E, se tiver estresse, será por outras razões.
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Carga verde

Em um mundo cada vez mais cheio de tablets e celulares 

inteligentes, pesquisadores, estúdios e empresas criam formas 

ambientalmente corretas de recarregar baterias

Larissa Veloso e Juliana Tiraboschi
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Quando lançou o iPhone 5 há dois meses, a Apple estimou vender 170 milhões de unidades até setembro de 2013. Caso o número seja atingido, a energia necessária para recarregar todos esses aparelhos durante um ano é a mesma utilizada para abastecer uma cidade com 130 mil habitantes pelo mesmo período de tempo. Não parece um exagero, mas a situação ganha contornos um pouco mais preocupantes quando se calcula que, em 2015, cerca de 7,4 bilhões de smartphones e tablet
s estarão plugados em alguma tomada. Assim, é preciso encontrar formas alternativas de manter as baterias carregadas. E várias soluções começam a vir à luz.

Outra forma extremamente ecológica de suprir a demanda dos celulares é usando o nosso próprio corpo. “Inúmeras pesquisas mostram que a energia gerada pelo corpo humano, como o calor, a respiração e o movimento, pode ser aproveitada para outros fins. Só precisamos investir nisso”, diz o designer de produtos João Paulo Lammoglia. Ele é o criador do conceito da Aire Mask, uma máscara que aproveita a energia gerada pela respiração para recarregar o celular. Por enquanto, a engenhoca é apenas um protótipo que o profissional espera que seja aproveitado pela indústria. “Podemos dizer que a Aire Mask funcionaria como uma miniturbina eólica. A tecnologia que temos hoje ainda não é tão eficiente para viabilizar esse produto, mas daqui a pouco será diferente. Precisamos começar a pensar em novas ideias para impulsionar esse desenvolvimento”, diz Lammoglia.

Uma situação de emergência deu ao inventor Kazuhiro Fujita a ideia de criar a Pan Charger, um equipamento que usa o calor do fogo como fonte de abastecimento. “Durante o terremoto que devastou o Japão em março de 2011, eu assistia pela tevê às pessoas sofrendo. Percebi que elas poderiam encontrar seus entes queridos mais rápido se pudessem recarregar seus telefones e se comunicar”, disse Fujita à ISTOÉ. O resultado foi a frigideira que envia energia por um fio até saídas USB ou compatível com iPhone.

O trabalho agora é fazer com que esses produtos entrem na linha de montagem e deixem de ser apenas ideias. Só assim dá para sonhar com um futuro em que a carga dos smartphones e tablets não seja pesada demais para o planeta.
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Inteligência humana está diminuindo com o 

tempo, diz pesquisa

Estudiosos americanos afirmam que a ausência da seleção 

natural faz com que os genes que moldaram a inteligência 

sejam alterados

Do Portal Terra
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A inteligência e o comportamento humano exigem ótimo funcionamento de um grande número de genes que, por sua vez, requerem pressões evolucionárias gigantescas para serem mantidos. Agora, em uma teoria provocativa, uma equipe da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, afirma que pessoas estão perdendo capacidades intelectuais e emocionais com a vulnerabilidade a mutações dos genes capazes de nos ajudar no poder do cérebro. Essas mutações, de acordo com o jornal britânico Daily Mail, não estão sendo selecionadas para a sociedade moderna, pois não precisamos mais de inteligência para sobreviver.

"O desenvolvimento de nossas habilidades intelectuais e a otimização de milhares de genes de inteligência provavelmente ocorreram em grupos de pessoas dispersos antes de nossos ancestrais emergirem da África", afirma Gerald Crabtree, autor do estudo publicado no jornal Trends in Genetics. Nesse ambiente, a inteligência era crítica para a sobrevivência, e havia provavelmente uma pressão seletiva nos genes que auxiliam no desenvolvimento intelectual, chegando ao ponto máximo da inteligência.

Porém, segundo pesquisadores, foi a partir daí que começamos a ir "ladeira abaixo". Com o desenvolvimento da agricultura, veio a urbanização, que pode ter enfraquecido o poder de seleção de semear mutações levando a desabilidades intelectuais.
Baseado em cálculos da frequência com que mutações destrutivas apareceram no genoma humano e a suposição de que de 2 a 5 mil genes são necessários para habilidades intelectuais, Crabtree estima que em 3 mil anos, cerca de 120 gerações, teremos duas ou mais mutações permanentes que serão prejudiciais à nossa estabilidade emocional e intelectual.

Além disso, pesquisas recentes da neurociência sugerem que genes envolvidos em funções do cérebro estão unicamente suscetíveis a mutações. Crabtree argumenta que a combinação de uma menor pressão seletiva e o grande número de genes facilmente afetados está desgastando nossas capacidades emocional e intelectual.
Essa perda, no entanto, é lenta, e a julgar pelo ritmo rápido de descobertas e avanços da sociedade, futuras tecnologias estão ligadas à revelação de soluções ao problema, afirma o autor do estudo. "Acho que conheceremos cada uma das milhões de mutações humanas que podem comprometer nossa função intelectual e como cada uma delas interage e outros processos como influências ambientais", diz Crabtree. "Até lá, talvez seremos capazes de corrigir em um toque de mágica qualquer mutação que tenha ocorrido nas células de qualquer organismo e em qualquer estado de desenvolvimento. Desta forma, o processo bruto de seleção natural será desnecessário", completa.

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