A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Calouros do ITA encaram treinamento militar


  • Dentre os 124 alunos aprovados no vestibular do ITA que fazem treinamento militar, 14 são mulheres Dentre os 124 alunos aprovados no vestibular do ITA que fazem treinamento militar, 14 são mulheres
Os calouros de 2013 do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) concluíram na manhã de sexta-feira (22) seu primeiro treinamento militar.  Tradição no instituto, o curso faz parte das boas-vindas, e leva aos estudantes noções de sobrevivência na selva, com direito à acampamento e batismo militar.

O treinamento obrigatório é realizado anualmente pelo CPOR (Centro Preparatório de Oficiais da Reserva) do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos, interior de São Paulo, onde também fica o campus do ITA.

Esse ano, 124 alunos, dentre eles, 14 mulheres, ingressaram nos cursos do ITA. Desde o dia 20 de janeiro, os alunos participam de aulas práticas e teóricas de introdução ao serviço militar, onde receberam instruções sobre ordem unida, posturas, regimentos entre outra regras.

  • Divulgação
    Disciplina, dedicação e apoio da família são receita de sucesso do primeiro lugar do ITA
Nesta manhã, os calouros concluíram a primeira etapa do treinamento, após retornar de um acampamento de instrução de sobrevivência na selva, com duração de três dias. Em seguida, eles realizaram exercícios com um antigo armamento sem munição, conhecido com mosquetão, usado na Segunda Guerra Mundial.

"Aprendi muito nesses dias. O acampamento foi importante para fortalecer a minha opção por me tornar um militar" disse o calouro Daniel Elias Dopazo, 20.

O Capitão Michel Marconi Ramos, responsável pelo treinamento dos futuros engenheiros, explica que "ao final do segundo ano de faculdade, esses jovens poderão optar por se tornar ou não oficiais da Aeronáutica.

Batismo de honra

As atividades do dia terminaram com o chamado batismo militar, um banho dado por um caminhão de bombeiros. Os alunos comemoraram a etapa superada.

"É uma honra receber o batismo. A gente se sente muito feliz por estar aqui. É como se sentir vivo novamente, depois de anos enterrado em estudos para entrar aqui no ITA" contou  Daniell Dopazo, que inicia na próxima semana o curso de engenharia eletrônica.

Formação

Até o segundo ano, todos os alunos recebem a formação necessária para conviver neste ambiente militar, com lições sobre disciplina e ética entre outros  procedimentos militares, que enriquecerá, com certeza, a experiencia de cada um" destacou o capitão.

Uma equipe especializada participou do treinamento dos calouros do ITA, como oficiais da AFA (Academia da Força Aérea), e de grupos especializados da Aeronáutica como o Salvaero, entre outros. "Estes alunos serão a turma mais bem formada que já tivemos. Só nas últimas semanas, tiveram contato com o que há de mais moderno em acampamentos militares para sobrevivência na selva", destaca o capitão Marconi.

Na próxima segunda (25), o Ministro da Defesa Celso Amorin, realizará a aula magna de 2013, marcando o inicio do ano letivo no Instituto Técnico Aeroespacial

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

:: Meteoro e Meteorito: tem diferença?


Bendegó, o maior meteorito encontrado no Brasil


Tem sim! Meteoro é o nome do fenômeno luminoso que ocorre na atmosfera quando um corpo, em alta velocidade, superaquece e brilha, deixando um rastro luminoso. 
Na maioria das vezes o corpo nem chega a cair no chão porque sofre vaporização integral. Mas se for um corpo maior, mesmo perdendo massa no processo de aquecimento por fricção com o ar, pode "sobrar" material para atingir o solo. Neste caso, o corpo que cai e atinge a superfície do planeta é chamado de meteorito, como o Bendegó (foto acima) que é o maior meteorito encontrado em solo brasileiro em 1784.


:: Bendegó: conheça a história em detalhes

No vídeo abaixo, a astrônoma Maria Elisabeth Zucoloto conta a história do Bendegó em matéria para a Revista Ciência Hoje das Crianças. A matéria é para crianças mas garanto que até os marmanjos vão gostar.

Entrevista em vídeo para a Revista Ciência Hoje das Crianças


Ela também está diretamente ligada ao site www.meteoritos.com.br que tem informações completíssimas sobre meteoritos e conta nesta página a história do Bendegó em detalhes.

prof. Dulcidio Braz Júnior

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Aos 23 anos, graduanda da UnB é aprovada no doutorado de Harvard

Aluna de ciências biológicas tentou vaga em cinco instituições.
Ela termina o bacharelado em março e a licenciatura em julho.

Raquel Morais Do G1 DF
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Mesmo sem ainda ter concluído o curso de ciências biológicas da Universidade de Brasília (UnB), a estudante Fernanda de Araújo Ferreira se prepara para ingressar no doutorado da instituição de ensino superior mais prestigiada do mundo: Harvard, em Boston, nos Estados Unidos. Ela foi selecionada para uma das vagas oferecidas pela Divisão de Ciências Médicas. A mudança está marcada para agosto.

A estudante de biologia Fernanda de Araújo Ferreira em um laboratório da Universidade de Brasília (Foto: Raquel Morais/G1)A estudante de biologia Fernanda de Araújo Ferreira em um laboratório da Universidade de Brasília (Foto: Raquel Morais/G1)

"Você nunca sabe se vai dar certo até receber a confirmação. Eu não tinha certeza nenhuma. Tentei na cara e na coragem", revela. "Acompanhava fóruns na internet, via as notas e os comentários do pessoal e pensava em algumas horas que eu estava bem e em outras que isso nunca daria certo. Quando recebi a ligação, estava em um desses momentos de 'nunca vou ser aceita'. Até hoje ainda acordo em dúvida se aconteceu mesmo."
Você nunca sabe se vai dar certo até receber a confirmação. Eu não tinha certeza nenhuma. Tentei na cara e na coragem. (...) Quando recebi a ligação, estava em um desses momentos de 'nunca vou ser aceita'. Até hoje ainda acordo em dúvida se aconteceu mesmo."
Fernanda de Araújo Ferreira, estudante de graduação da UnB que foi aceita em doutorado em Harvard
A tentativa por uma vaga na instituição se deu por um motivo "simples", segundo a jovem de apenas 23 anos: Fernanda se diz “confortável” falando inglês e queria fazer pós-graduação nos Estados Unidos. Ela viveu no Canadá entre os 6 meses e os 5 anos, enquanto os pais faziam pós-doutorado. De volta ao Brasil, a garota estudou em uma escola americana até começar o curso na UnB.

Além do processo seletivo para Harvard, Fernanda tentou uma vaga em outras quatro instituições dos Estados Unidos. De Stanford e Mount Sinai ela já recebeu correspondência avisando que não foi aprovada. Em Yale e Columbia, a seleção ainda não acabou, mas a estudante diz ter certeza de que não vai ser chamada.
"A fase de entrevistas já começou e eu não fui convidada. É claro que eu gostaria de ter recebido telefonema de todas, porque poderia dizer que eu escolhi essa ou aquela. Seria legal. Mas como diz meu professor, basta uma. É o que deu. E, pensando bem, é até pecado dizer 'basta uma' para Harvard", diverte-se.

Antes de embarcar para o doutorado - o programa não exige que os alunos já tenham feito mestrado - Fernanda deve concluir o bacharelado em ciências biológicas em março e a licenciatura em julho. Paralelamente, ela continua com os dois projetos de pesquisa dos quais participa desde 2010, ambos voltados para o estudo do comportamento de um vírus que afeta vegetais.
No período em que ficar em Boston, a expectativa da jovem é trabalhar com vírus humanos, como os causadores da dengue e do ébola. Fernanda terá entre cinco e sete anos para concluir o curso e vai receber uma bolsa da universidade para se sustentar. Nos primeiros 18 meses, ela vai passar por três laboratórios diferentes para escolher em qual vai querer trabalhar.

Entre as dicas da garota – que não se considera "a mais estudiosa" – para conquistar uma vaga em um curso de pós-graduação fora do país, estão o domínio do idioma, a leitura de artigos científicos e das respectivas referências e o aproveitamento de recursos oferecidos pela internet.

"Você tem que tomar responsabilidade sobre a sua própria educação. Na UnB tem muita gente que reclama que não entende nada, que o professor não ensina direito. Mas a gente tem acesso a muita coisa por fora. É preciso aprender de uma forma independente, ler muita literatura a respeito, gostar de pesquisar e saber a língua", diz.

A estudante em frente a um dos prédios da UnB no campus Darcy Ribeiro, em Brasília (Foto: Raquel Morais/G1) 
A estudante em frente ao prédio do Instituto
de Ciências Biológicas, no campus Darcy
Ribeiro, em Brasília
(Foto: Raquel Morais/G1)
 
Processo seletivo
Fernanda cumpriu uma extensa lista de tarefas até 1º de dezembro de 2012 para participar dos testes para o doutorado. Além de enviar cartas de recomendação de três professores, ela teve que escrever um texto justificando a escolha pela instituição e passar na prova de proficiência em inglês (Toefl) e no Graduate Record Examinations (GRE), que avalia o conhecimento em matemática e em inglês.

Após essa fase, ela passou um final de semana de janeiro em Boston para ser entrevistada por professores do programa de virologia de Harvard. Foram seis encontros, cada um com pouco mais de 40 minutos de duração.

"Você sempre fica nervosa nesses momentos, mas fiquei feliz porque todas as minhas entrevistas ultrapassaram o tempo, que é de 30 a 40 minutos. Isso te tranquiliza, porque no mínimo você pensa que eles estão gostando de falar com você", conta. "A melhor dica que recebi sobre isso é de que a gente tem que pensar que estamos sendo entrevistados, mas também estamos entrevistando. Tudo bem, eles publicaram na ‘Science’ e na ‘Nature’ [publicações científicas], mas eles estão tentando te convencer a entrar no laboratório deles."

Competência
Para o coordenador do Instituto de Ciências Biológicas da UnB, Jader Soares Marinho, a conquista da estudante revela que ela tem o perfil adequado para pesquisa.

"É uma disputa que poucas pessoas tentam, porque sempre julgam que é muito complicado, muito difícil. Só de tentar ela demonstrou uma qualidade muito importante: agressividade, no bom sentido, de perseguir objetivos. Isso é muito importante. Muito mais que uma inteligência superior, um pesquisador precisa saber perseverar, correr atrás do que quer", disse.
É uma disputa que poucas pessoas tentam, porque sempre julgam que é muito complicado, muito difícil. (...) Muito mais que uma inteligência superior, um pesquisador precisa saber perseverar, correr atrás do que quer"
Jader Soares Marinho, coordenador do Instituto de Ciências Biológicas da UnB
Marinho afirma que a universidade dá o suporte acadêmico necessário para que os alunos façam pós-graduação em instituições prestigiadas de outros países. "A gente manda os nossos bons alunos para os melhores destinos aí em termos de formação. O Brasil é capaz disso, tanto de providenciar um bom nível de pós-graduação aqui quanto fora."

Publicada nessa quarta-feira (6), a nova edição do Webometrics Ranking of World Universities colocou a UnB como a quarta melhor instituição de ensino superior do país, atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O Webometrics é um sistema de ranqueamento de universidades de todo o mundo feito a partir da exposição e do impacto do conteúdo das páginas das instituições na web. Harvard aparece no primeiro lugar. Atualmente, 12 mil instituições são avaliadas todos os anos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

::: SE LIGA NAS UNIDADES DE MEDIDA II :::



LG
Aparelho de TV com tela de 47 polegadas que escolhi para pesquisar

Curioso para saber qual é o consumo destes televisores enormes de hoje em dia, com telas maiores do que 40 polegadas, fui pesquisar em lojas on  line.
Para a minha surpresa, percebi que há uma enorme confusão entre os conceitos físicos de potência e consumo além das trapalhadas com unidades de medida. Até no site do fabricante as informações não são corretas do ponto de vista do bom uso dos conceitos e das unidades de medida.
Para ficar claro o que estou querendo dizer, proponho, para começar, uma breve introdução teórica.

:: Breve Introdução Teórica
Antes de tudo precisa estar bem claro o conceito físico de potência média Pm consumida de um aparelho qualquer que definimos como:




onde ΔE corresponde à quantidade de energia consumida e Δt ao intervalo de tempo que o aparelho ficou ligado, consumindo energia.
A ideia (sintetizada na equação acima) é bem simples. Traduzindo-a do "matematiquês" para o português: se você deixar um aparelho ligado por um intervalo de tempo Δt, ele vai consumir uma quantidade de energia ΔE. A razão entre ΔE e Δt é a potência média Pconsumida pelo dispositivo.
Sendo um pouco mais prático, a potência média consumida pelo aparelho nos dá uma ideia de quanta energia por unidade de tempo é utilizada para fazer o aparelho funcionar. Dá para entender?
Veja um exemplo numérico:
  • Imagine um televisor que a cada 1 s (a rigor a cada Δt = 1s) consome (da rede elétrica, via tomada) uma quantidade de energia elétrica ΔE = 100 J. O televisor terá potência média dada por:

  •  

Note que J/s (joule por segundo) é o mesmo que W (watt).
E se quizermos saber o consumo de energia (ΔE) tendo a potência média consumida (Pm) pelo aparelho devemos isolar ΔE na expressão da Pm dada acima e teremos:



Pelo raciocínio logo acima percebemos que é bem fácil calcular qual é o valor da energia consumida por um equipamento: basta multiplicarmos a sua potência média consumida (Pm) pelo intervalo de tempo total (Δt) de uso do aparelho.
Note que um equipamento qualquer vai consumir mais energia (ΔE) quanto maior for a sua potência média (Pm) e também quanto mais tempo (Δt) ficar ligado. É o produto das duas quantidades que determina o gasto de energia no final das contas. Assim, mesmo um aparelho de baixa potência (Pm), se ficar muito tempo (Δt) ligado, pode ter um consumo (ΔE) grande.
Também é muito importante ressaltar que há que se ter sempre muito cuidado com as unidades de medida. Para não errar nas unidades, gosto de usar a "notação de colchetes". É simples: colocando colchetes nas grandezas físicas, destacamos as suas unidades de medida sem nos preocuparmos com os valores numéricos. Se escrevemos [ΔE], estamos nos referindo à unidade de medida de energia consumida. Da mesma forma, [Δt] deve ser lido como unidade de medida de intervalo de tempo assim como [Pm] quer dizer unidade de medida de potência média.

Veja abaixo, com a notação de colchetes, qual deve ser a unidade de medida de energia consumida (ΔE) se trabalharmos com potência (Pm) em W = J/s e tempo (Δt) em s:



Conclusão: se usarmos W para potência e s para tempo, a energia consumida será dada em J.
Mas todos sabemos da prática que não costumamos medir o consumo de energia elétrica em J. Todo mundo já viu uma conta de energia elétrica, vulgarmente chamada de "conta de luz", não? Nela o consumo vem discriminado em kWh. Por que? A resposta é simples e está ancorada na praticidade da medida. Confira o raciocínio:
  • Somando as potências médias de todos os equipamentos elétricos que usamos em casa, certamente o valor ultrapassa os 1000 W. Cada 1000 W chamamos de 1 kW (1 kW = 1000 W). Só um chuveiro típico, calibrado para aquecer água no período de verão, já deve dar cerca de 3000 W. Na notação de colchetes escrevemos [ΔE] = kW, a unidade prática para medir potência elétrica total consumida numa residência (ou numa instalação elétrica qualquer).
  • Somando o tempo total de uso de todos os equipamentos elétricos residenciais num mês certamente teremos horas (h). Na notação de colchetes escrevemos [Δt] = h, a unidade prática para medir tempo de uso dos aparelhos elétricos.
Assim teremos como unidade prática de medida de energia consumida:


Note que o correto é kWh (quilowatt vezes hora) e não kW/h (quilowatt dividido hora) como muita gente ainda insiste em usar! 




Finalmente, para saber a correspondência entre J e kWh fazemos:

 
Finalizando a conta acima:


Conclusão: cada 1,0 kWh vale 3,6 milhões de J.
Em outras palavras, a unidade J é muito pequena para ser usada na prática. É como medirmos a distância entre duas cidades usando milímetro (mm). Dá um número enorme! Mas se usamos quilômetro (km), o número fica menor, mais "confortável" de ser manipulado.
Feita a introdução teórica, vamos à pesquisa nas lojas on line e também no site do fabricante.

:: Pesquisas Em Vários Sites


Encontrei o televisor LG 47LM6400 em vários sites de lojas e por isso ele foi escolhido. Já de cara, no site do fabricante, encontramos problemas com as unidades de medida. Veja logo acima um print screen que fiz dos dados técnicos da TV.
A potência do audio está dada em W1. Correto. Mas o consumo médio também foi dado em W. Consumo é energia. E energia, como vimos acima, deve ser dada em J ou, sendo mais prático, em kWh. Temos na declaração do fabricante uma incoerência, concorda? Como pode potência e consumo serem medidos igualmente em W? Não pode!
É óbvio (para quem conhece Física e as corretas unidades de medida) que uma TV com 110 W de potência média vai consumir 0,110 kWh a cada 1 h de uso. Mas o fabricante, a rigor, deveria declarar que a potência média da TV é de 110W e não o seu consumo. Entende a confusão conceitual?
O consumo em Stand By2 (ou modo de espera) também está dado em W. Outra vez o fabricante usa consumo no lugar de potência.
Pesquisei sites de outros fabricantes (Sony, Semp Toshiba, Samsung, dentre outros) e encontrei os mesmos tipos de deslizes nas informações. Errar (ou mal informar) não é privilégio da LG.
Veja abaixo os print screen das páginas de diversas lojas on line, bastante conceituadas, e que repetem os mesmos erros de unidades e/ou confusões conceituais (sempre destacados com setinhas na cor laranja). Clicando nas imagens você abre o link de onde retirei as imagens).



Percebeu que a potência de audio (ou potência sonora útil3) sempre está com a unidade de medida certa, ou seja, vem dada em W? Mas consumo também vem em W! Como eu já disse e ratifico, há incoerência nas especificações técnicas porque, como potência é direrente de consumo, se a potência está em W, o consumo não deveria estar!
Algumas lojas discriminam a potência média de audio por canal4 (10 W + 10 W) já que a TV é tem som estéreo. Certíssimo.

O problema real está sempre na declaração do consumo onde temos muitas vezes dada a potência (Pm) em vez da energia (ΔE) ou a unidade de energia está escrita como kW/h em vez de kWh ou qualquer combinação disso. Incrível, não?
Até os sites de comparações de preços cometem os mesmos deslizes (confira em dois deles: Bond Faro e Buscapé).

Quando você estiver lendo este post, se algum link (dos que apontei acima) não estiver funcionamdo (porque os produtos saem de linha ou ficam fora do estoque) não tem problema: entre em qualquer um dos sites que indiquei (e tantos outros de lojas on line) e em qualquer produto elétrico ou eletrônico procure pelas especificações técnicas. Muito provavelmente você vai encontrar erros semelhantes aos que apontei acima. Não acredito que haverá em breve uma ação para corrigir tais erros, infelizmente.
Encerro este texto lamentando a falta de cuidado3 que fabricantes de equipamentos elétricos e eletrônicos bem como lojas que comercializam tais produtos têm quando divulgam especificações técnicas dos equipamentos. Eles "podem" errar pois, infelizmente, a maioria dos consumidores não tem conhecimento básico suficiente para perceber o erro e também não temos orgão fiscalizadores preocupados com isso.
Mas os estudantes, concorrendo em processos seletivos para ingresso nas mais diversas universidades, se errarem unidades de medida numa prova escrita não serão perdoados pelos corretores e certamente perderão importantes pontos! Mais uma das incoerências da nossa sociedade. Mas, se você é vestibulando, fique atento! Fique esperto! Se liga nas unidades de medida!


1- RMS vem do inglês Root Mean Square (ou valor quadrático médio) que representa uma forma estatística média de calcular a potência do som que sai da TV ou de qualquer aparelho eletrônico. Muitas vezes, para tentar iludir o consumidor com números enormes de potência, o valor não vem expresso em RMS mas notros sistemas que medem o pico da potência. Pura sacanagem! Na prática, o que importa sempre é a potência média (RMS) e não valores de pico. Esse artifício legal (mas desleal) de não declarar potência em RMS aposta na falta de conhecimento do consumidor e é mais utilizado em equipamentos de som ou home theater. Se for comprar equipamento de audio, fique sempre atento e procure pelo valor RMS da potência em W. 2- Vale lembrar que, quando desligamos a TV no controle remoto, ela entra em modo de espera. Embora o consumo nessa situação caia para 1% do valor da TV ligada, ao logo do tempo, mês após mês, se você fizer as contas, vai perceber que há um consumo de energia não desprezível. E pagamos por isso! É o preço do conforto, de não ter que levantar da poltrona para ligar/desligar o aparelho.
3- Conceitualmente, potência útil é diferente de potência consumida. No caso da TV, a potência consumida corresponde à energia por unidade de tempo que o aparelho retira (da rede elétrica) para funcionar. A potência útil corresponde à energia por unidade de tempo que o aparelho usa para gerar som e também para gerar a imagem. Devemos ainda salientar que existe uma potência dissipada, equivalente à energia por unidade de tempo que é consumida mas não é utilizada nem para produzir som nem para produzir imagem. Esta energia dissipada é literamente perdida e pode ser verificada na prática como um aquecimento das partes do equipamento. Chamamos esta perda (ou dissipação) de energia na forma de calor de Efeito Joule.
4- Nos equipamentos estereofônicos a potência total do audio é a soma das duas potências idênticas de cada canal.
5- É muito comum o uso (errado) de peso em vez de massa. Massa medimos em kg e peso em N. Mas a insitência em declarar peso em kg é enorme. Abordei este assunto neste post.




prof. Dulcidio Braz Júnior 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Adolecente soluciona problema de Newton


Indiano de 16 anos estuda em Dresden, na Alemanha.
Questões são relativas à dinâmica de partículas.

Do G1, em São Paulo
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Um adolescente de 16 anos apresentou uma solução para problemas matemáticos propostos por Isaac Newton, que é considerado o pai da física moderna pelas descobertas que fez nos séculos 17 e 18, como a da lei da gravidade.
Shouryya Ray apresenta suas soluções para os problemas propostos por Newton (Foto: Reprodução/Die Welt)Shouryya Ray apresenta suas soluções para os problemas propostos por Newton (Foto: Reprodução/Die Welt)
O indiano Shoruyya Ray, que vive em Dresden, na Alemanha, desde os 12 anos, fez cálculos que, até o momento, tinham sido feitos apenas por computadores e com resultados aproximados, sem precisão absoluta.
O trabalho de Ray pode ter solucionado duas questões relativas à dinâmica de partículas. Os problemas dizem respeito à trajetória que uma bola percorre quando é arremessada e à previsão de como ela vai voltar depois de bater em uma parede.
O adolescente foi apresentado aos problemas teoricamente insolúveis na Universidade de Dresden, e decidiu tentar resolvê-lo por “inocência estudantil”, nas suas palavras. “Eu me perguntei: por que não dá para fazer?”, contou ao jornal alemão “Die Welt”.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Dupla resolve um dos grandes problemas matemáticos do mundo



Dois matemáticos, o norte-americano Carl Cowen e a espanhola Eva Gallardo, anunciaram ter resolvido a teoria dos "subespaços invariantes em espaços de Hilbert", um dos grandes problemas matemáticos do século 20 que muitos tentaram comprovar sem sucesso.

Formulado nos anos 1930 pelo húngaro-americano John von Neumann e baseado na teoria do matemático alemão David Hilbert (1862-1943), o problema dizia que todo operador em um espaço de dimensão infinita possui um subespaço próprio que não varia.
No entanto, até agora ninguém tinha conseguido demonstrar a correção do enunciado, por isso a descoberta da dupla representa um "marco histórico", considerou o presidente da Sociedade Matemática Espanhola, Antonio Campillo, durante o congresso da instituição em Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha.
Cowen, da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, admitiu que se trata de um conceito difícil de entender porque vai além das três dimensões do nosso mundo e tentou explicar a teoria com uma bola de basquete.
"Se você gira uma bola, ela sempre gira sobre um eixo. [Então,] Podemos imaginar, talvez não com muita clareza, uma bola de dimensão infinita e um espaço com dimensões infinitas" e provar que, desta forma, também pode girar.
Para solucionar o problema, que exigiu três anos de trabalho, os dois cientistas o abordaram a partir da teoria das funções de variável complexa, explicou Eva, da Universidade Complutense de Madri, na Espanha. Segundo ela, "é uma perspectiva diferente da habitual que talvez nos tenha dado a chave".
O impacto da descoberta "será imediata e de enorme transcendência" para a "comunidade matemática mundial", afirmou Campillo, tanto por sua contribuição para a ciência básica, quanto por suas possíveis aplicações práticas.
Apresentada em uma curta solução de menos de 20 páginas, a fórmula de Cowen e Gallardo foi analisada por três especialistas que não encontraram erros, ao contrário do ocorrido no passado com os trabalhos de outros matemáticos.